Uma espiadinha no livro Hiroshima – Sem Spoilers
- jornalivrosliterar
- 10 de dez. de 2015
- 2 min de leitura
“Será que vale a pena ler Hiroshima?”, “Estou sem tempo para ler agora, quem sabe leia nas férias”, “Já assisti um documentário sobre o bombardeio em Hiroshima, por que vou ler o livro?”, “Não sou muito de ler reportagens, prefiro livros mesmo” ...
Caso você ainda esteja em dúvida sobre ler ou não ler o livro Hiroshima, de John Hersey... Espero que depois desse post e de ler a resenha sobre o livro, você repense essa leitura. Então, que tal dar uma espiadinha nele?!
O livro é rico em descrições e com elas faz com que o leitor viva os fatos. E para mostrar a você tudo o que está perdendo, separamos alguns trechos marcantes do livro Hiroshima, que vão fazer você não perder mais tempo e ir correndo para uma livraria comprá-lo.

Na imagem o livro Hiroshima está em cima de uma mesa e, ao lado, uma chicára em formato de lente fotográfica.
Sobre a hora exata do bombardeio:
“No dia 6 de agosto de 1945, precisamente às oito e quinze da manhã, hora do Japão, quando a bomba atômica explodiu sobre Hiroshima, a Srta. Toshiko Sasaki, funcionária da Fundição de Estanho do Leste da Ásia, acabava de sentar-se a sua mesa, no departamento de pessoal da fábrica, e voltava a cabeça para falar com sua colega da escrivaninha ao lado.”
Sobre as vítimas das bombas:
“[...] no trajeto encontrou centenas e centenas de fugitivos, todos feridos. Alguns tinham as sobrancelhas queimadas e pedaços de pele soltos, pendendo das faces e das mãos. Outros, zonzos de dor, erguiam os braços, como se carregassem alguma coisa com as duas mãos. Alguns vomitavam, sem parar de andar. Muitos estavam nus ou envoltos em farrapos. Em alguns corpos despidos as queimaduras acompanhavam o contorno das camisetas e suspensórios e, na pele de algumas mulheres, o das flores dos quimonos (o branco repeliu o calor da bomba, enquanto as roupas escuras o absorveram e o conduziram para a pele). Muitos feridos apoiavam parentes que se achavam em condições piores. Quase todos caminhavam de cabeça baixa, olhando para a frente, em silêncio, absolutamente inexpressivos.”
"Engraçado, as coisas já não importam", comentou ao retornar para junto dos sacerdotes. "Ontem meus sapatos eram o que eu tinha de mais precioso. Hoje, não ligo. Um par é suficiente"
Sobre as vítimas que não tinham seus corpos feridos:
“Durante todo o trajeto cruzou com criaturas horrivelmente queimadas e feridas; atormentado pelo sentimento de culpa, virava-se para a direita e para a esquerda e dizia a uns e outros: "Desculpe-me por não carregar um fardo igual ao seu".
Espero que esse post tenha sido útil para você e, mais do que isso, tenha feito você ver que Hiroshima é muito mais do que uma simples reportagem, é uma obra prima do jornalismo literário que conseguiu humanizar uma guerra.
♡ Abraços dos blogueiros ♡
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