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História da leitura de um livro amarelo... (Parte 1)

  • jornalivrosliterar
  • 10 de nov. de 2015
  • 3 min de leitura

Na imagem acima há um livro amarelo que tem em sua capa o título "O Livro Amarelo" e ao seu redor vagam várias pessoas de todos os tipos.



Sentada no banco do ônibus, com o destino a cidade de Frederico Westphalen, pego o livro em mãos e dou início a leitura. Teria situação mais adequada para ler um livro repleto de histórias de rodoviária, do que viajando ou mesmo sentada em uma rodoviária?! Na medida em que folheio as páginas, dou algumas pausas estratégicas para analisar o ambiente em que estou e captar as milhares de histórias que acontecem simultaneamente naquele lugar.


É incrível, mas, antes de começar a leitura desse livro, nunca havia reparado no quanto que uma rodoviária ou um ônibus são ricos em histórias. Histórias de todos os tipos e para todos os gostos, independentemente de onde a rodoviária está localizada ou qual o destino do ônibus. Junto com isso, me veio naquele momento uma pergunta em mente: será que aqueles que passam suas vidas em ônibus ou rodoviárias, seja a trabalho ou a lazer, reparam naquilo que está sempre à frente de seus olhos?! Chego à conclusão que, infelizmente, grande parte dessas pessoas deixam esse universo de acontecimentos passar despercebido e seguem suas vidas como se nada tivesse acontecido. Mas por eu ser o tipo de pessoa que sempre acredita e tem esperanças, disse para mim mesma que dirigindo algum ônibus, ou vendendo alguma passagem ou, então, sentado em algum banco rodoviário, alguém estava naquele exato momento agindo como a escritora do meu livro ou como eu naquele momento... reparando nas histórias e em toda vida que estavam contidas em uma única rodoviária.


Sem perceber o quanto o livro havia me prendido, tomo um susto ao me deparar com o relógio marcando 15 horas. Em alguns minutos já estaria chegando no meu destino e teria que, então, fechar o livro e guarda-lo em minha bolsa. Certa de que tornaria a lê-lo na parte da noite, parei a leitura e fiquei admirando as cores, os desenhos e os símbolos que o livro trazia. Eram tantas referências ao universo rodoviário, de uma forma tão bem pensada e elaborada, que ficava difícil não se encantar e já reservar um lugar especial para o livro na estante, como objeto de decoração.


Alguns minutos e lá está o ônibus estacionando na cidade de Frederico Westphalen. Guardei meu livro, peguei a bolsa e desci para pegar a bagagem. Estava com o olhar tão crítico depois da leitura ininterrupta de 80 páginas daquele livro, que a única coisa que consegui fazer era reparar e cuidar tudo o que acontecia a minha volta. Quem sabe, um pouco, se devia pelo fato de eu ser jornalista e já ser curiosa por natureza. Peguei minha mala de mão e segui em direção a saída da rodoviária. Atravessei a rua e alguns passos a mais já estava no meu apartamento, onde larguei a mala no chão e corri tomar um banho. Depois de lavar a alma, peguei um bloco de anotações, retirei meu livro da bolsa, procurei um lugar confortável para sentar e retomei a leitura. Agora, pronta para anotar tudo aquilo que me chamasse a atenção.


A leitura do misterioso livro amarelo continuou e foi concluída naquela mesma noite. Até o final do livro, eu viria a fazer diversas novas descobertas dentro desse universo rodoviário, conheceria diversas histórias de pessoas comuns e aprenderia muito sobre técnicas de um bom jornalismo. É possível alguém conseguir escrever um livro que apresente um vasto mundo que acontece em apenas um lugar?! A resposta é que sim. Mas quem teve essa proeza, qual lugar foi seu alvo e de que livro estamos falando... isso você só descobrirá lendo nossa próxima publicação!!! Clique aqui e continue conosco nessa viagem.


♡ Abraços dos blogueiros ♡


 
 
 

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